de todos eles, acho que pensei algumas boas coisas pela manhã.
Mas já faz tanto tempo pra lembrar... deixei-os no ar, pro ar. (...)
terça-feira, 9 de junho de 2015
Todas as coisas que me vieram e me tocaram algum dia - elas estão todas aqui.E é por elas que eu ouço música. E por tudo o que a música faz, por tudo o que se faz com música, eu estava a tricotar alguns sonhos com pontos sem nó e tive uma vontade de ir pra algum lugar - perto da praia e com gente que goste de gatos, cerveja, psicanálise, de dança, de olhar mais pro céu e de dar mais risada. Quis ter mais tempo pra cuidar de mim e fazer o que gosto, de prestar mais atenção na minha própria respiração. Mas, uma vontade assim era como pular de olhos vendados de qualquer dois andares, poste, montanha, precipício - era quase um salto em queda livre - pra dentro de si e pra fora do mundo. E aí eu pensei...
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"— Por que não ter memórias? Os buracos negros, eu quis dizer. Mas fiquei quieto, desejando apenas ter um disco qualquer de cítara tocando para que nesse momento pudéssemos interromper a conversa para prestar atenção num acorde qualquer entre duas cordas, mais um silêncio que um som. Sempre podíamos ouvir a chuva, seu bater compassado na vidraça. Ou acompanhar com os olhos as gotas escorrendo atrás do roxo e do amarelo. De pontos diferentes, às vezes duas gotas deslizavam juntas para encontrarem-se em outro ponto, formando uma terceira gota maior. Mas talvez ele achasse tedioso esse tipo de diversão. —Ter memórias — repeti." Caio F.
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