E aí, de vez em quando, prefiro mesmo não entender o por que das coisas. Talvez me faltem argumentos pra isso... mas quem liga pra argumentos essa hora da noite. A madrugada é fresca, tão fresca como estranha... só pra não ficar de fora, sendo esses últimos dias tão... é. Nada necessariamente se completa hoje. É como uma onda ou a maré inteira brincando de tanto faz e vindo em busca de areia. Mas a onda não quebra, ela só vem. Quando eu pensava que já era tempo de calmaria, muitas coisas começaram a acontecer ao mesmo tempo. O mar ficou agitado.
escrevi isso ontem à noite... por algum motivo só tive vontade de postar aqui hoje de manhã.
de todos eles, acho que pensei algumas boas coisas pela manhã.
Mas já faz tanto tempo pra lembrar... deixei-os no ar, pro ar. (...)
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
"— Por que não ter memórias? Os buracos negros, eu quis dizer. Mas fiquei quieto, desejando apenas ter um disco qualquer de cítara tocando para que nesse momento pudéssemos interromper a conversa para prestar atenção num acorde qualquer entre duas cordas, mais um silêncio que um som. Sempre podíamos ouvir a chuva, seu bater compassado na vidraça. Ou acompanhar com os olhos as gotas escorrendo atrás do roxo e do amarelo. De pontos diferentes, às vezes duas gotas deslizavam juntas para encontrarem-se em outro ponto, formando uma terceira gota maior. Mas talvez ele achasse tedioso esse tipo de diversão. —Ter memórias — repeti." Caio F.