Tentei enumerar meus pensamentos e senti vontade de poder lembrar
de todos eles, acho que pensei algumas boas coisas pela manhã.
Mas já faz tanto tempo pra lembrar... deixei-os no ar, pro ar. (...)


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Incrível como nessa época do ano as pessoas costumam ficar vulneráveis. Ah quem diga que até lobo mau pensa em virar príncipe. Muito me encanta essa aurora, magia, que nos envolve nos finais ou começos de ciclos. Nascer, fazer aniversário, virada de ano. Realidade mesmo que eu já sou meio ausente desse mundo desde que me conheço por mim. Sinto e sinto muito todas as coisas, algumas até mais do que eu gostaria. Penso, penso muito. Mas especialmente nessas épocas, meu coração aperta de uma forma absurda. A ansiedade literalmente me pega pelos pulsos. Tenho insônia e até uma certa bipolaridade. Mas mais do que tudo isso eu tenho uma vontade, mas uma vontade gigantesca de aprender a viver melhor. E desejo, almejo por harmonia e equilíbrio, com esse mundo e talvez não só. De qualquer forma, seja lá quem for você que lê isso agora, três palavras: coração, consciência e evolução. "Buon Anno a te".
"— Por que não ter memórias? Os buracos negros, eu quis dizer. Mas fiquei quieto, desejando apenas ter um disco qualquer de cítara tocando para que nesse momento pudéssemos interromper a conversa para prestar atenção num acorde qualquer entre duas cordas, mais um silêncio que um som. Sempre podíamos ouvir a chuva, seu bater compassado na vidraça. Ou acompanhar com os olhos as gotas escorrendo atrás do roxo e do amarelo. De pontos diferentes, às vezes duas gotas deslizavam juntas para encontrarem-se em outro ponto, formando uma terceira gota maior. Mas talvez ele achasse tedioso esse tipo de diversão. —Ter memórias — repeti." Caio F.