de todos eles, acho que pensei algumas boas coisas pela manhã.
Mas já faz tanto tempo pra lembrar... deixei-os no ar, pro ar. (...)
domingo, 5 de dezembro de 2010
E esse tédio da rotina (de tudo que eu fiz virar essa instigante rotina)me pega exatamente as 21:00 de sábado. Por que diabos? Eu preferiria não saber. Muita coisa me atormenta hoje. 8 série, devia ser quarta feira... talvez quinta, madrugada. Ele, interrogação, um conselho, "você pode, e deve, aprender pelos erros dos outros, não precisa ser pelos seus". Sabe aquela história de vó, tia, mãe, sei lá, "que entra por um ouvido e sai pelo outro"? Pois é, desde que isso entrou no meu ouvido nunca mais saiu, eu simplesmente ignoro. Não me pergunte por que, não hoje, já preciso pensar em por que's demais.Tudo andava bem e de repente um tropeço, diria Cazuza,"ensina bem mais que um sucesso". Mas talvez esses caminhos mais fáceis não funcionem muito bem comigo, nunca fui muito boa com fórmulas. Eu sei que elas existem, tão como sei das suas superficilidades. E superficilidade das coisas me entristece. Juro, queria muito ser alguém descomplicada e com todos os objetivos pra vida traçados desde pequena. Nunca tive um grande sonho. Sempre tive vários e nunca soube exatamente o que fazer com eles. Apesar de não gostar de matemática sempre quis juntar um mais dois, e criar um terceiro que quem sabe, poderia se juntar ao quarto e então... Mania de querer ser gente grande. A algum tempo minha lista de certos x errados se misturou e eu já nem sei mais... talvez eu nunca soube mesmo. To precisando respirar.
"— Por que não ter memórias? Os buracos negros, eu quis dizer. Mas fiquei quieto, desejando apenas ter um disco qualquer de cítara tocando para que nesse momento pudéssemos interromper a conversa para prestar atenção num acorde qualquer entre duas cordas, mais um silêncio que um som. Sempre podíamos ouvir a chuva, seu bater compassado na vidraça. Ou acompanhar com os olhos as gotas escorrendo atrás do roxo e do amarelo. De pontos diferentes, às vezes duas gotas deslizavam juntas para encontrarem-se em outro ponto, formando uma terceira gota maior. Mas talvez ele achasse tedioso esse tipo de diversão. —Ter memórias — repeti." Caio F.